Amigos,
Como sou professor de filosofia, tenho encontrado cada vez mais essa pergunta em sala de aula e confesso que é uma questão importante.
Essa pergunta nasce por várias motivações que não poderemos desenvolver, como a dificuldade em realizar uma boa leitura, não importando ainda de qual texto se trate, ou ainda nasce da dificuldade própria que se encontra em textos mais especializados, como os de filosofia, no caso.
Minha intenção nesta postagem não é desenvolver uma reflexão sobre essa questão, mas levantar dicas que podem auxiliar. Essas dicas não tem uma autoria determinada porque fui aprendendo com amigos, professores e professores amigos (rs). Então, fique à vontade para ampliar a lista e comentar.
Dica 01: Leia superficialmente todo o texto, para ter uma ideia geral do problema, da exposição e da posição do autor.
Dica 02: Nunca leia uma só vez. Há um ditado em filosofia que diz: não compreendemos um texto na primeira leitura. Portanto, leia várias e várias vezes.
Dica 03: Não desista, o texto tem algo para você. É fato que muitos textos de filosofia são árduos e de difícil compreensão, mas não tenha receio. Pense naquele ditado grego que diz:”As coisas belas são as mais difíceis.” Tudo bem, se isso não ajuda, pensa na dica 04.
Dica 04: Amplie sua visão. Textos filosóficos nem sempre trazem referências concretas sobre o contexto histórico ou social no qual foram escritos, ou mesmo relação a um debate que ele esteja travando, portanto uma boa dica é pesquisa o contexto, o autor e com que questões ele debate.
Dica 05: Crie o seu caminho. Com muita frequência os alunos pensam que metodologia é um engessamento por causa das regras de citação e etc., mas o objetivo da metodologia é ampliar o seu conhecimento em determinada área. Ora, se não conseguimos por um método (caminho), tentemos outro.
Dica 06: Como andar de bicicleta, ou dançar ciranda. A leitura de textos filosóficos começa árida, difícil. Isso é difícil mudar, mas depois das primeiras pedaladas e depois que adquirimos confiança, podemos desenvolver uma compreensão mais ampla e , acredite, prazerosa na leitura.
Agora, qual a sua dica?
Até mais,
Prof. Daniel Lins